Política

Quem é Gilson Machado, ex-ministro de Bolsonaro preso nesta sexta-feira 13

Ex-ministro do Turismo e sanfoneiro, Gilson Machado foi preso por tentar obter aporte português para Mauro Cid. Veja o perfil político e cultural.

Ex-ministro Gilson Machado - @Reprodução
Ex-ministro Gilson Machado - @Reprodução

Gilson Machado Neto, de 57 anos, é uma figura conhecida no cenário político e cultural brasileiro. Sanfoneiro da banda de forró Brucelose, empresário do setor turístico e ex-ministro do Turismo no governo Jair Bolsonaro, ele é acusado de articular a emissão de um aporte português para Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente.

A prisão ocorreu após a abertura de inquérito solicitada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), que investiga uma tentativa de facilitar a saída de Cid do país. Gilson foi levado à Superintendência da Polícia Federal, localizada no JM Trade Center, no bairro do Pina, onde prestou depoimento acompanhado do advogado Célio Avelino.

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O Partido Liberal (PL) em Pernambuco, sigla à qual Gilson é filiado, divulgou nota afirmando que acompanha o caso e aguarda os esclarecimentos das autoridades. A legenda também reforçou seu compromisso com “a verdade e com os valores que defende junto à sociedade brasileira”.

Empresário, músico e político: o perfil multifacetado de Gilson Machado

Antes de entrar para a política, Gilson construiu carreira como músico e empresário. Ele é sanfoneiro da banda Brucelose, que continua ativa e está confirmada na programação do São João 2025 em Caruaru (PE). No setor privado, atuou como dono de pousadas e hotéis em pontos turísticos do Nordeste.

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Sua atuação política começou como secretário de Ecoturismo e Cidadania Ambiental no Ministério do Meio Ambiente. Posteriormente, assumiu a presidência da Embratur e, em 2020, foi nomeado ministro do Turismo, cargo que ocupou até março de 2022.

Em 2022, Gilson foi candidato ao Senado por Pernambuco, ficando em segundo lugar com 1,3 milhão de votos. Dois anos depois, tentou a prefeitura do Recife nas eleições de 2024, também ficando em segundo lugar, com mais de 129 mil votos e aproximadamente 14% dos votos válidos.

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Durante a campanha municipal, Gilson enfrentou decisões do Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE) que suspenderam propagandas eleitorais suas por denúncias de irregularidades sem comprovação em creches públicas.

A investigação que levou à sua prisão teve início após a Polícia Federal encontrar no celular de Mauro Cid arquivos sobre tentativa de obtenção de cidadania portuguesa. Segundo a PGR, há indícios de que Gilson tentou viabilizar um aporte europeu para o ex-ajudante de ordens, com o objetivo de facilitar sua saída do território brasileiro.